O cultivo de soja ocupa, hoje, 4,3% de todo o território brasileiro – uma área equivalente a toda a República do Congo e superior a países como Itália, Vietnã e Malásia. Esses são alguns dados obtidos por um levantamento realizado pela rede colaborativa MapBiomas, por meio da análise de imagens de satélite entre 1985 e 2020.
São 36 milhões de hectares voltados exclusivamente para a produção de soja, dos quais metade está no Cerrado, onde essa cultura avançou sobre 16,8 milhões de hectares nos últimos 36 anos.
Por estarem, em sua grande maioria, em áreas cujo solo tem baixa fertilidade, as lavouras de soja demandam acompanhamento nutricional e, consequentemente, reposição correta de nutrientes para que a produtividade seja compatível com a necessidade do mercado nacional e internacional.
Isso significa que o bom rendimento da soja está diretamente relacionado não apenas aos macronutrientes disponíveis no solo, mas também aos micronutrientes, como o boro.
Todo solo possui nutrientes, que podem ser classificados como essenciais, benéficos e em alguns casos até tóxicos.
A absorção desses nutrientes pelas plantas os transforma em compostos que vão garantir o crescimento, desenvolvimento e a produtividade da lavoura.
São considerados essenciais os 14 nutrientes que atuam em algum processo fisiológico da planta e que, sem eles, ela não completa seu ciclo de vida.
Em resumo, eles são divididos entre:
Compostos por elementos que as plantas necessitam em grande quantidade. Eles são divididos em dois subconjuntos: macronutrientes primários (nitrogênio, fósforo e potássio) e macronutrientes secundários (cálcio, enxofre e magnésio)
Ou minerais que as plantas absorvem em menor quantidade, como o ferro, manganês, cobre, zinco, boro, molibdênio e cloro).
O boro é um micronutriente essencial não apenas para o cultivo de soja, mas para a vida de qualquer planta.
Junto com macronutrientes como nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, manganês e enxofre, o boro é responsável direto pelo crescimento e desenvolvimento da planta, e isso impacta a produtividade das culturas.
Ainda assim, tanto macro quanto micronutrientes têm a mesma importância para o desenvolvimento das culturas, e a falta de micro (o boro especificamente) pode trazer consequências extremamente negativas, afetando a sua rentabilidade, amigo agricultor!
É importante saber também que existem alguns fatores que podem alterar o teor de boro no solo, como:
Os primeiros sintomas da deficiência de boro na soja podem ser vistos com facilidade se você observar as folhas mais jovens da planta e também nos meristemas apicais, aqueles encontrados na ponta da raiz e na ponta do caule e de suas ramificações.
Os sinais mais comuns são:
– O engrossamento das folhas, que também ficam enrugadas e com certa clorose entre as nervuras e
– As pontas ficam enroladas para baixo e os internódios (aqueles espaços entre os nós da planta) ficam mais encurtados.
Outro sintoma da deficiência de boro na soja é o lento desenvolvimento dos pontos de crescimento.
Os folíolos das folhas mais novas ficam pequenos, deformados e com coloração verde-azulada. Acontece a baixa fecundação de flores e grande queda de vagens.
E como evitar que isso aconteça na minha lavoura?
Para evitarmos essa e qualquer outra deficiência de nutrientes, o primeiro passo é fazer a análise detalhada do solo e a correção adequada das áreas afetadas.
Considerando isso e o fato de que o boro, mesmo depois de ser absorvido, apresenta baixa mobilidade nas plantas, é essencial fazer aplicações foliares deste nutriente ao longo do ciclo da soja, para obter plantas que de fato apresentem todo o seu potencial produtivo. A aplicação também pode ser feita via solo, folhas ou ambas as formas.
E nós, da JP Agrícola podemos ajudar você a garantir esse potencial todo!
Através do levantamento de fertilidade do solo e análise dos fatores agronômicos da propriedade, desenvolvemos o planejamento estratégico que será executado visando o máximo de eficiência nas operações buscando rentabilidade.